Nós não somos um organismo, somos um conjunto de muitos organismos. E quando nós perturbam o relacionamento com nossos parceiros simbióticos, podemos sofrer consequências desagradáveis.
Obviamente que os antibióticos são umas das drogas mais úteis nos dias de hoje e também das mais amplamente prescritas (dado a sua eficácia), porém se o trato gastrointestinal é uma floresta tropical,os antibióticos são os lenhadores, acabando com muitas das bactérias "boas", criando assim condições em que as bactérias indesejadas possam voltar a crescer.
Mas serão os probióticos um bom investimento?
Há uma meta-análise que integra os resultados de 82 estudos sobre esta questão (ver aqui) que é a revisão mais recente (com uma amostra somada de 12.000 pacientes), com resultados acima dos 40% de menor risco de diarreia associada à toma de Antibióticos.
40% na redução do risco de diarreia pode não ser o santo graal, mas não podemos esquecer que uma micobiota alterada e o uso de antibioticos são duas das grandes alterações sofridas por populações do Países industrializados e que afectam negativamente a nossa saúde (as outras alterações: Ritmo circadiano alterado, má exposição aos raios UVB, falta de exercício físico, stress crónico, dieta junk).
As espécies de bactérias que colonizam o nosso intestino podem determinar as interacções que estabelecemos com o ambiente, protegendo-nos ou predispondo-nos para o desenvolvimento de alergias e autoimunidade. Podem inibir ou intensificar as inflamações no corpo, a obesidade e podem até influenciar a função mental e o nosso bem estar emocional.
E como devemos repovoar o nosso intestino após um tratamento com antibióticos?
- Come abundantemente frutas e legumes
- Adopta um cão (quem tem um cão tem uma microbiota mais diversificada) ver aqui
- Evita períodos de stress contínuos
- Monitoriza os níveis de Vitamina D
- Suplementa a tua dieta com probióticos
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