"(...) adoçante não tem calorias mas o processo não é assim tão simples, pois não é por não ter calorias que não nos engorda e que não nos trará outro tipo de implicações.
Se não vejamos, o sabor doce quando captado tem um significado no nosso corpo. O organismo interpreta o sabor doce sabendo que chegarão CALORIAS, o mesmo acontece com esses adoçantes com a diferença que as CALORIAS que o corpo se preparou para receber não chegaram.. Isso repetidamente, faz com que os receptores percam sensibilidade do sabor doce, resultando menos saciedade e capacidade de metabolizar os alimentos. Consequência disso será que precisaremos de cada vez mais doces para obter o mesmo prazer e saciedade.
Não mudando a equação, não percebendo que para comer/beber algo doce é preciso merecer (exercício físico), não percebendo que não deve ingerir produtos mas sim ALIMENTOS, as pessoas irão continuar doentes, obesos (ou a caminhar para lá), e com a qualidade de vida reduzida a LIGHT ou a ZERO como os nomes destes mesmos PRODUTOS sugerem."
Indo de encontro ao que escrevi, apresento-vos aqui um estudo cientifico de 2008, onde foi analisado a relação entre adoçantes artificiais e o ganho de peso a longo prazo e que não é nada abonatório para os adoçantes artificiais, pois houve um aumento da síndrome metabólica e ainda o aumento da incidência de diabetes, com o aumento da resistência à insulina (A.S. might directly increase risk of weight gain in some individuals. Some studies have reported that AS use—or sweet taste itself—may increase hunger, cravings, or food intake, though most studies have reported no such increases. A few studies have reported elevated insulin and/or falling glucose levels.)
Num outro estudo (ver aqui), este de 2010, refere que há novos dados a fornecerem evidencias convincentes de que os adoçantes artificiais desempenham um papel activo no trato gastrointestinal, proporcionando, assim, uma explicação mecanicista para efeitos metabólicos observados. Os receptores de sabor doce (α - gustducin) respondem não apenas aos açúcares calóricos, mas também para os edulcorantes artificiais, tal e qual como referi no post anterior. .
Quem pensa de maneira diferente é a APN - Associação Portuguesa dos Nutricionistas, como pode ver aqui num artigo publicado no mês passado.
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Tudo isto levanta uma questão preocupante, serão os adoçantes artificiais (como refere a APN) uma arma para combater a epidemia da obesidade e das doenças metabolicas no geral? Ou pelo contrário, os adoçantes artificiais fazem parte da epidemia e de toda a industria de "alimentos" junk que nos têm deixado gordos e doentes?
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