Salmão de Aquacultura...O Peixe Vegetariano..O Peixe Tóxico!!

O título do artigo mete medo, mas infelizmente não tenho uma forma mais suave de classificar o salmão de Aquacultura. Actualmente este tipo de cultura industrial foi a que mais cresceu no que a "produção" de alimentos diz respeito e desde 2011 superou até a produção de carne, sendo já responsável por metade do peixe que chega à mesa de toda a população mundial.

Para os mais distraídos, pode até parecer uma boa ideia este tipo de produção animal, afinal as premissas parecem realmente boas, pois a ideia de proteger espécies de peixes selvagens da pesca excessiva e ao mesmo tempo atender às necessidades nutricionais de uma população mundial que está em constante expansão agrada a qualquer defensor do nosso planeta e do ser humano enquanto espécie.

Mas, o que realmente está por trás deste tipo de produção animal?

Antibióticos concentrados, pesticidas e outros produtos químicos são utilizados para combater doenças e parasitas comuns à aquacultura, até os resíduos de peixe e alimentos que  não são consumidos produzem imenso lixo no fundo do mar, gerando desta meneira bactérias que consomem o oxigénio que é vital ao marisco e outras criaturas marinhas que vivem no fundo do oceano. 
Como qualquer produção animal industrial, este cultivo de salmão trás consigo o problema de uso de Antibióticos e Hormonas e por mais estranho que possa parecer, estes peixes, têm uma ração em tudo igual à ração dos animais que estão a ser produzidos em CAFO´s (para quem não conhece, vai obter no link informação de topo sobre esta vergonhosa forma de produzir carne), ou seja uma ração de Soja e Milho geneticamente modificado, com adição de peixes selvagens como por exemplo as Anchovas, que estão a ser pescadas para fazer face a uma cada vez maior população de peixe de viveiro. E isto traz-nos problemas de várias ordens:

Em vez de aliviar a pressão sobre os peixes selvagens, a demanda cada vez maior de alimentar uma industria (sendo já a principal fonte de peixe que nos chega à mesa) está a levar a uma sobrepesca perigosa de peixes selvagens pequenos, levando indirectamente ao declínio do número de peixes de médio e grande porte como as Baleias, Leões Marinhos, Pinguins, Focas e até de aves como o Albatroz. O impacto ambiental não se fica por aqui, pois como sabemos o resto da dieta do Salmão de aquacultura é composta por milho e soja geneticamente modificado e como referi noutros artigos anteriores, este tipo de cultivo é feito em monocultura, criando assim grandes necessidades da utilização de fertilizantes e pesticidas, que sendo GM a soja e o milho aguentam grandes porções destes dois químicos sem que isso danifique a colheita.
Actualmente o cultivo de soja e milho GM é já um dos principais contribuintes para o aumento das concentrações de metano e de óxido nitroso na atmosfera da Terra

Emissão anual de gás de efeito estufa
Para além destes perigos ambientais, há ainda o perigo de estes Peixes de Cativeiro (peixes muito maiores e pesados e que foram geneticamente modificados) escaparem (o que não é anormal) para o oceano, fazendo com que haja uma disputa desleal por comida e abrigo com os peixes selvagens.

Se a nível ambiental o custo deste tipo de cultura é já uma catástrofe, a nível do impacto directo da ingestão deste tipo de alimentos na nossa saúde não é muito diferente.
E o problema advém sobretudo, como já referi em artigos anteriores, da dieta destes peixes. Um animal carnívoro como é o Salmão, ao receber uma ração com farelo de soja/milho/(finalmente) peixes e restos de industriais de outros peixes, o rácio de omega-3 /omega-6 é completamente alterado e desviado a favor do Omega-6. Aliás não são só peixes de aqualcultura que têm o rácio desviado a favor do Omega-6, como toda a alimentação ocidental (desde as gorduras vegetais, passando por toda a carne e peixe que são alimentados a cereais e leguminosas que nos servem de alimento) que nos tem colocado num estado pós-inflamatório, arrastando com ele os seguintes problemas:


Posto isto, o foco principal deverá ser baixar o consumo de omega-6, e com isso deixar de consumir carne/peixe de CAFO´s (sim, a aquacultura pode ser considerada as CAFO´s do mar) e sobretudo óleos vegetais (por exemplo margarinas) e passar a ingerir alimentos com um rácio favorável ao Omega-3.

1 comentário :

  1. Neste momento consumo muito peixe gordo como atum,cavala e sardinha e salmão desde que descobri que o salmão de aquacultura era cancerígeno em sites que avisavam passei a consumir salmão selvagem mas é utracongelado.
    Não consumo margarinas ponho antes no pão azeite e a única gordura que utilizo.
    Desde que faço esta dieta o meu colesterol baixou bastante.

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