Várias questões são abordadas sempre que o tema são organismos geneticamente modificados, vantagens económicas, impacto ambiental, a confiança que o público em geral tem nos procedimentos regulatórios, mas sobretudo e o mais importante qual o impacto que tem para a saúde do consumidor. Serão seguros?
O público em geral em grande parte ainda desconhece o que são OGM e outros ainda continuam a desconhecer as possíveis vantagens e desvantagens deste tipo de alimentos. Mesmo na comunidade cientifica continua a ser caso de discussão.
Uma coisa é certa os cultivos transgénicos são "novos" e a avaliação da sua segurança seria essencial para proteger o meio ambiente e a saúde dos seres humanos (e animais, que comem ração proveniente de OGM). A principal apreensão e especulação é de que os OGM são responsáveis pelo desenvolvimento cancros, alergias alimentares e resistência a antibióticos.
Há quem defenda (os principais multinacionais que produzem produtos alimentares, provenientes de OGM) que as culturas de OGM devem ser defendidas por serem uma forte opção para a produção agrícola sustentável. Mas que sustentabilidade pode ter uma agricultura baseada na energia fóssil (ver aqui)!?
O caso vai um pouco mais longe, houve um cientista Francês Serálini que é professor de biologia molecular e presidente de uma comissão independente sobre a engenharia genética (OGM) e que é conhecido por ser uma forte oposição aos alimentos geneticamente modificados que publicou um estudo nada abonatório sobre a segurança dos OGM onde concluiu que havia riscos de saúde graves (cancro, danos em órgãos como rins, fígado e coração)no consumo deste tipo de alimentos. Este estudo vem contra todas as avaliações feitas até aqui e esse facto (segundo Serálini) deve-se ao facto de estes risco apenas se detectarem em experiências superiores a 90 dias (e que nunca houve estudo algum com duração superior a esse tempo).
O que acontece actualmente é que o seu estudo foi retirado pela Food and Checical Toxicology e muito já foi dito sobre a pressão da indústria nesta decisão.
A certeza com que fico é que se dúvidas houvessem sobre a conclusão deste estudo a única atitude plausível seria pedir estudo adicionais e nunca a retração dos dados que serve para alimentar dúvidas e suspeitas.
Estes OGM podem surgir na nossa alimentação sobre a forma de alimento para os animais que comemos (ver aqui), como pode surgir em qualquer alimento processado, óleo vegetais alimentares, sobre a forma de corante, amido de milho (que é usado em milhões de produtos alimentares), ácido cítrico, açúcar (xaropde de milho com alto teor de frutose), ou qualquer outro ingrediente ultraprocessado!!
Pode até ver aqui a "lista negra" feita por um site Português no que diz respeito a óleos vegetais que usam OGM!
A questão que fica é: como saber quais e como escolher alimentos livre de OGM? A resposta essa não é fácil (embora na UE seja obrigatório a rotolagem de aliementos OGM) a verdade é que infelizmente diversas empresas continuam a comercializar os seus produtos sem a rotulagem correcta (há grandes multinacionais já multadas por não expor nos rótulos a utilização de OGM).
Pode ver aqui o comunicado por exemplo da Nestlé no seu site oficial e como diverge mediante o País. Temos comunicados distintos, um para o público dos USA e outra para o Português:
Does Nestlé use genetically modified ingredients?
A Nestlé Portugal utiliza matérias-primas geneticamente modificadas (GMO)?
Enviar um comentário