A aplicação de um plano alimentar (no caso deste artigo, refiro-me à quantidade de hidratos de carbono) terá sempre (na minha humilde opinião) de ser o espelho da condição metabólica, do tipo de treino, do objectivo relativo à performance, de cada indivíduo.
Já expliquei num outro artigo, que ao ingerimos HC iremos ter um impacto nos níveis de glicemia (em que a qualidade e a quantidade determinará a reacção da glicemia), para poder ser útil ao corpo a glucose terá de ser transportada até às células (através da insulina). Chegando às células só podem acontecer 3 coisas a essa glucose:
1. Essa glucose pode ser metabolizada para obtenção de energia imediata / 2. Ser convertido em glicogénio / 3. Ser armazenado sob a forma de gordura.
O que tenho visto na realidade actual é que parece que anda tudo à procura da dieta perfeita, da dieta milagrosa e que funcione para todos. A grande certeza que tenho com os anos de experiência que vou adquirindo é que não há uma quantidade exacta deste ou daquele macro nutriente que funcione para todos. Claro que há directrizes que são universais, pelas quais tenho me debatido aqui neste espaço, como comer alimentos completos carregados de nutrientes ao invés de alimentos industrializados vazios de micro nutrientes e cheios de "LIXO".
Penso que será lógico que uma pessoa obesa, sedentária (que nunca chega a esgotar as reservas de glicogénio) e com hiperinsulinismo não terá as mesmas necessidades nutricionais que um atleta magro com boa sensibilidade à insulina que procure melhorar o desempenho! Este é um caso de dois extremos opostos, mas se preferirem posso deixar o caso de dois homens que treinem diariamente e com o mesmo objectivo: melhorar a composição corporal que tenham necessidades completamente diferentes na quantidade de HC diárias!
Se o assunto for perda de peso, claro que uma dieta baixa em HC é a melhor abordagem pois melhora não só a composição corporal como todos os biomarcadores, isso está estudado, não é apenas a minha opinião! Já a quantidade que deve ingerir, essa sim deve ser personalizada e todos os factores que referir (condição metabólica, tipo de treino, objectivo do próprio treino "recriação/ou performance") devem ser tidos em conta.
Uma coisa posso afirmar, atletas/indivíduos com uma boa sensibilidade à insulina poderão (e deverão, para poder manter intacta a massa muscular) comer uma maior quantidade de HC de que um com resistência à insulina e ter os mesmos ou melhores resultados a nível da sua composição corporal.
Home Dieta Ingestão de Hidratos de Carbono? Uma questão de individualidade!
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