Entre os praticantes de musculação a ideia que fica é que o excesso da proteína ingerida é catabolizada e usada como fonte de energia, mas este ciclo não funciona bem assim.
A amónia que é o produto que deriva do processo da oxidação das proteínas é tóxica e tem de ser excretada do organismo. Quando há excesso de amónia, esta será directamente convertida em ureia nos hepatócitos. Essa regulação do ciclo da ureia pode ser feito de forma rápida ou lenta (e esta regulação é em muito influenciada pela dieta)
A produção de Ureia é o destino de grande parte da amónia e que é enviada pelo fígado. A ureia passa então para a corrente sanguínea e vai para o rim onde é excretada na urina (e no suor). É no entanto na limitação da capacidade de conversão da amónia em ureia que reside o problema.
Há um estudo (Maximal rates of excretion and synthesis of urea in normal and cirrhotic subjects.) (ver PDF: Maximal Rates of Excretion and Synthesis of Urea in Normal and Cirrhotic Subjects) que resolve toda esta equação referindo a taxa máxima de excreção da ureia. Os valores encontrados referem como limite o consumo de cerca de 3.8g de proteína por kg corporal em pessoas saudáveis (segundo o estudo, em doentes com cirrose a quantidade varia de 0.4g a 1.2g por kg/corporal). Sendo valores muito excessivos (e que não fazem sentido colocar em prática) não deixam de ser valores de referência para os quais não serão de esperar qualquer reacção adversa à proteína ingerida na nossa alimentação.
A Amonia (NH4 +)é convertida em Ureia pelo Ciclo da Ureia |
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