Segundo vários filmes de ficção científica (sim, sou um fã incondicional de cinema!!) no futuro os alimentos que serão produzidos não serão mais que... comprimidos. Não sei se esta fantasia de nos alimentarmos através de pequenos comprimidos estará assim tão distante do (de uma possível realidade) futuro.
A verdade é uma, o nosso corpo e a maneira como processamos os alimentos que ingerimos é o resultado da evolução de mais de 500.000 anos e numa perspectiva evolutiva é tão estranho pensarmos no tal comprimido como forma de alimento como é neste momento qualquer alimento industrializado.
A maior alteração trazida pela revolução industrial foi o facto de os "agricultores" (!!??) terem percebido como cultivar e produzir de forma barata aquilo que o corpo humano tanto desejou durante a sua evolução (para resistir aos grandes períodos de carência alimentar): AMIDO / AÇÚCAR / SAL. O resultado, esse é o grande dilema com que se depara o nosso corpo adaptado à luz da evolução para caçar e para não viver sentado e em permanência abundância de calorias: SUPERABUNDÂNCIA de alimentos baratos carregados de calorias (vazias). Se quisermos pensar no açúcar o assunto aqui abordado ganha contornos que facilmente qualquer leitor irá perceber. O único alimento realmente doce que o nosso corpo com mais de 500.000 anos de evolução pode consumir foi o mel, alimento esse que exigia caminhadas de muitos km´s para o encontrar (fora a perspectiva de ter de subir árvores e depois ainda ter de transportar os favos). Actualmente o açúcar é tão fácil de encontrar que basta desembalar qualquer alimento industrializado e que fará parte de quase todas as pequenas refeições que faz fora de casa.
Quando a produção deste tipos de alimentos começou a depender da energia fóssil tornaram-se realmente baratos (veja-se o preço de um refrigerante), mas a sua produção tem custos incalculáveis para o ambiente, por cada caloria de alimentos industriais são preciso cerca de 10 calorias de energia fóssil para plantar, fertilizar, colher e processar os alimentos antes de chegarem a qualquer prateleira de hipermercado (É um bom livro para se perceber bem esta matéria)..
O caminho que actualmente temos percorrido tem nos levado a doenças, das quais reflectem a incapacidade do nosso corpo se adaptar à dieta ocidental (desde o início da agricultura e mais recentemente com a revolução industrial) e à falta de exercício físico: Diabetes tipo II, (alguns tipos de ) Cancro, Cáries, Alzheimer, Osteoporose, Fadiga Crónica, Doenças coronárias, etc etc etc. A lista é muito extensa e incluem outras doenças que no passado nos atormentaram como seres humanos (por ex: Escorbuto) e que são causadas ou agravadas por um estilo de vida moderno que não está em sintonia com a biologia evolutiva do nosso corpo.
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