Restam mesmo poucas dúvidas do enorme efeito ergogênico que a creatina tem em atletas, ou não fosse este um dos suplementos mais vendidos tanto para atletas de alta competição como por amadores. Mas apesar das numerosas publicações cientificas sobre o potencial deste suplemento em atletas, há ainda muitas dúvidas no que aos efeitos secundários diz respeito.
Com doses que podem chegar às 20g/dia durante os primeiros dias e de 3 a 10g durante mais algumas semanas/meses, há relatos do efeito da creatina na protecção cardíaca e até de relatos negativos sobre distúrbios hepáticos e renais.
Mas, e o que dizem os estudos??
Dietary creatine supplementation does not affect some haematological indices, or indices of muscle damage and hepatic and renal function
A interpretação dos dados deste estudo, fornecem evidências inegáveis:
- Não há risco para a saúde associada à suplementação com creatina, em pessoas saudáveis
- Não existem efeitos adversos evidentes na função hepática nem renal
Um outro estudo, de 2002 foi realizado em atletas de Futebol Americano e mediu os efeitos secundários a longo prazo nas funções hepáticas e renais e o resultado não foi diferente: Não há efeitos prejudiciais a longo prazo em atletas altamente treinados (ver estudo: aqui)
Um outro estudo (ver aqui), este usando altas doses de creatina (5g/kg) em ratos (exercitados e sedentários), conclui que o exercício físico pode evitar os efeitos secundários relacionados com uma dose suprafisiológica de creatina, no entanto, mais estudo serão necessários, especialmente na população sedentária para aferir as consequências para a saúde do uso de altas doses de creatina.
Nunca um suplemento tão estudado (é o suplemento mais estudado da história) é ainda tão mal compreendido pelo público geral, muitos ainda ficam admirados por a creatina ser encontrada naturalmente na carne e no peixe....
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